A masturbação faz parte da vida das pessoas desde a infância, mas é tabu em qualquer fase.
Desde a Idade Média, incutia-se na cabeça de crianças e jovens “males” causados pela prática, como loucura, isolamento, espinhas no rosto e até pêlos nas mãos. Tudo bobagem! Por volta dos 3 anos, a criança passa por mudanças significativas: deixa de usar fraldas, torna-se mais independente dos pais e descobre seu corpo. Nessa “exploração”, ela se toca e acaba descobrindo o prazer que isso causa. Essa fase faz parte do desenvolvimento, assim como engatinhar, andar e falar. Nem por isso deve-se considerar tudo natural e permitido. É possível que a masturbação seja um problema quando é freqüente. Pode ser sintoma de que a criança não consegue encontrar prazer nas brincadeiras e no relacionamento com colegas e adultos.
Como agir:
Em primeiro lugar, explique que há coisas que não devem ser feitas na frente das pessoas, como cocô e xixi ou brincar com os órgãos sexuais. Mostre a diferença entre público e privado e não entre certo e errado.Recriminar pode ser desastroso, pois é possível que o garoto ou a garota acabe por misturar sentimento de prazer e satisfação com complexo de culpa.
Segundo, desvie a atenção dessas crianças para os prazeres da escola, como pintar, tocar um instrumento, brincar, correr, dançar e jogar. Valorize a imagem e melhore a auto-estima delas, elogiando suas tarefas e dando-lhe atenção.
Dicas:
– Para você identificar se a criança está tendo um comportamento compulsivo, observe se além de masturbar-se ela apresenta outros sinais, como isolamento, dificuldade para participar de atividades em grupo e baixa auto-estima.
– Não chame a atenção da criança na frente da turma nem recrimine a masturbação. Converse com ele em particular, dê atenção e afeto.
(Para o caso de voce ser educador, Se o problema persistir e você sentir necessidade de conversar com os pais, esclareça que a masturbação é um ato comum e normal, mas respeite a crença religiosa da família. Para muitas pessoas, a masturbação é considerada pecado, mas insista que recriminar pode causar danos maiores.
Autor: Silvia Maria de Freitas Adrião Fonte: Portal Revista Escola